quarta-feira, agosto 13, 2008

Principais teóricos

Ferdinand de Saussure, lingüista suíço (1857-1913), cuja teoria enquadrava-se nos limites traçados pelo positivismo, visualizava uma disciplina que estudaria os signos no meio da vida social, com isso validando o transporte dessa teoria para os outros campos. Deu origem ao nome de Semiologia da qual dizia ser parte da psicologia social.

Charles Sanders Peirce, o filósofo americano (1839-1914) lança as bases da semiótica como disciplina autônoma. O estado fragmentário de seus escritos, publicados postumamente (Escritos recolhidos – 8 volumes, 1931-1958), tornou e torna ainda difícil uma plena recepção de sua obra de pioneiro. Entre os aspectos mais importantes de sua teoria, vale lembrar: a noção de “interpretante”, como um signo que interpreta um outro signo, e a tripartição dos signos: índice, ícone e símbolo (segundo se opere uma relação de contigüidade, de similitude ou de pura convencionalidade entre o signo e o referente).

Louis Hjelmslev, (1899-1965) - fundador de uma escola radical de linguística estruturalista conhecida como glossemática (Escola de Copenhague). Compreende tanto linguagens linguísticas quanto linguagens não-linguísticas . Seu modelo Sígnico, Estrutura, Texto e Sistema teve grande influência em desenvolvimentos posteriores da semiótica geral. Com a Teoria da Conotação e denotação, abriu o fundamento de uma teoria glossemática da literatura e da estética.

Charles Morris, (1901-1979) - clássico da semiótica cuja influência no desenvolvimento da história da semiótica foi decisiva nos anos 30 e 40

raízes na semiótica de Peirce, no behaviorismo, no pragmatismo americano, no empiricismo e no positivismo.

Roland Barthes, (1915-1980), toma, ao contrário, em exame, sob um ponto de vista sociológico, todos os fenômenos significativos: os sistemas de objetos de uso (por exemplo, a moda, o automóvel etc.), as comunicações de massa, as artes etc. A partir da década de 60, a semiologia, com R. Barthes, aplica-se particularmente à literatura, ocupando-se das grandes unidades significantes do discurso.

Julien Greimas, (1917-1992) - Escola Semiótica de Paris - Semântica Estrutural (1966)

Estudo do Discurso - estrutura narrativa se manifesta em qualquer tipo de texto

Onde a semiótica não é uma “teoria dos signos”, mas uma “teoria da significação”.

Somente se torna operacional quando situa sua análise em níveis tanto acima como abaixo do signo. No nível inferior, a decomposição estrutural do signo produz elementos analíticos que ainda não são signos. No nível superior, a agregação de signos (unidades textuais) produz entidades semânticas que são mais que signos

Umberto Eco, desenvolveu o projeto de um rigor filosófico da semiótica, no quadro de um projeto enciclopédico de filosofia das formas simbólicas (Apocalíticos e integrados, 1964; A forma do conteúdo, 1971; Tratado Geral da Semiótica, 1975; Semiótica e Filosofia da Linguagem, 1984...). A partir da década de 60, a semiologia, com R. Barthes, aplica-se particularmente à literatura, ocupando-se das grandes unidades significantes do discurso.

Roman Jakobson, (1896- 1982) introduz o conceito das funções da linguagem:

* a emotiva, que «denota» a carga do emissor na mensagem,

* a injuntiva, relativa ao destinatário,

* a referencial, relativa aquilo de que se fala

* a fática, relativa ao canal da comunicação,

* a metalinguística, relativa ao código,

* a poética, relativa à relação da mensagem consigo mesma.

Semiótica – Conceitos

Do gr. semeiotiké (téchne), 'a arte dos sinais'.]S. f.1.E. Ling. Denominação utilizada, principalmente pelos autores norte-americanos, para a ciência geral do signo; semiologia.2.E. Ling. V. semasiologia (1).3.Desus. Arte de comandar manobras militares por meio de sinais, e não da voz.4.Med. Semiologia.5.E. Ling. V. semântica (1).

Semiologia

De semio- + -logia.]S. f. 1.E. Ling. Ciência geral dos signos, segundo Ferdinand de Saussure (v. saussuriano), que estuda todos os fenômenos culturais como se fossem sistemas de signos, i. e., sistemas de significação. Em oposição à lingüística, que se restringe ao estudo dos signos lingüísticos, ou seja, da linguagem, a semiologia tem por objeto qualquer sistema de signos (imagens, gestos, vestuários, ritos, etc.); semiótica (q. v.).2.Med. Estudo e descrição dos sinais e sintomas de uma doença; semiótica. [Cf., nesta acepç., sintomatologia.]Derivando do grego semion, traduzido, em vernáculo, por “signo”, a semiologia estuda os signos em sua produção, transmissão, interpretação.

SEMIÓTICA segundo Júlio Pinto, “é na verdade uma teoria de signos e da representação que efetua uma extensão da lógica para os limites da cognição e da experiência dos fenômenos”.

De acordo com Lúcia Santaella “o nome SEMIÓTICA raiz grega SEMEION, que quer dizer SIGNO, Semiótica é ciência dos signos (...) não são os signos do Zodíaco, mas signo, linguagem. A semiótica é a ciência geral de todas as Linguagens”.

Segundo Umberto Eco “um projeto de SEMIÓTICA Geral compreende numa Teoria de Códigos e uma Teoria da Produção Sígnica, a segunda teoria leva em consideração um número muito vasto de fenômenos, tais como o uso natural das diversas linguagens, a evolução e a transformação do código, a comunicação estética, os vários tipos de interpretação comunicativa, o uso dos signos para mencionar coisas e estados do mundo e assim por diante”.

Para Roland Barthes a SEOMIOLOGIA é “a ciência geral do todos os sistemas de signos através dos quais se estabelece a comunicação entre os homens”.